Tangentopoli: [pronúncia: tandʒentɔpoli – significa: retrocesso].


Esta operação italiana teve inicio na Itália em mil novecentos e noventa e dois pelo então juiz, hoje Presidente do Senado da Itália Antonio Di Pietro, que tinha sob sua investigação Bettino Craxi ou como era conhecido Mario Chiesa “mariuolo”, preso em detrimento de suborno de uma emprêsa de limpeza Milan, dissidente do PSI, que diante de um tratamento espúrio de seus ex-partidários resolveu colaborar com informações preciosas sobre corrupção dos politicos italianos. A esta investigação deram o nome de “Mani Pulite” (mãos limpas). Esta notícia de corrupção política espalhou-se na imprensa.

Os valores estimados dos subornos pagos anualmente desde os anos 1980 por empresas italianas e estrangeiras, licitação para grandes contratos com o governo na Itália atingiu aproximadamente, 4 mil milhões de dólares (6,5 trilhões liras).

Pode-se dizer que essa experiência e, o sucesso desta “operação limpeza”, contribuiu para colocar a Itália no patamar da hegemonia e equivalência de valores.

Foi evidente o crescente conflito entre Silvio Berlusconi e Antonio Di Pietro. Neste ponto, começaram o que foi descrito por muitos como a "batalha Berlusconi-Di Pietro". Enquanto as indústrias de Berlusconi estavam sendo investigados, "inspetores" foram enviados do governo para o escritório dos juízes milaneses para procurar irregularidades formais. Nada nunca foram encontrados, mas esta tática, juntamente com aperto firme de Berlusconi no sistema de informação, ajudou a espalhar o que é descrito em outros ambientes como FUD (medo, incerteza e dúvida). A batalha terminou sem vencedores: em 6 de Dezembro Di Pietro renunciou. Duas semanas mais tarde, o governo Berlusconi renunciou antes de um voto de confiança crítica no Parlamento, o que era esperado geralmente para ir contra eles.

Durante 1995, muitas investigações foram iniciadas contra Antonio Di Pietro, que seria anos mais tarde arquivados todas as acusações, enquanto Silvio Berlusconi incorreu em outras acusações de corrupção. Foi encontrada mais tarde prova que o principal promotor de Antonio Di Pietro, àquela época, Fabio Salamone de Brescia, era irmão de um homem que Antonio Di Pietro havia processado, e que foi condenado a 18 meses de prisão por diversas acusações de corrupção.

. Demorou, no entanto, algum tempo para que as autoridades percebessem e, ordenassem a Salamone remoção para outras funções, embora suas investigações tivessem tomado uma direção completamente diferente: Paolo Berlusconi (irmão de Silvio) e Cesare Previti (ex-ministro) foram acusados de uma conspiração contra Di Pietro, mas o promotor que assumiu mais tarde substituíndo Salamone opinou pela absolvição e, assim, a influência da paz reinou no acampamento silencioso dos mistérios ocultos.

Sobre a questão, a perspectiva do Des. Carlos Henrique Abrão, preenche a expectativa da sociedade brasileira: “ Percebam que o discurso é o mesmo estamos criminalizando a política e destruindo a democracia, violando a soberania e fragilizando as instituições, ao contrário o Papa falou que a corrupção está na alma e no corpo e derrete a mente se torna um modo de vida, usos e costumes, quando os poderes se respeitam há democracia-EUA e Alemanha, quando batem cabeça é porque algo muito grave está errado. A lição que se extrai é que pouco ou quase nada adianta trabalharmos no varejo se no atacado a indústria responsável fabrica estruturas e maquinas corrompidas. Combater a consequência sem abater a causa não nos redime do pecado, da miséria política e muito menos do sistema falido que nos domina desde o fim da ditadura”.

Hoje, o nobre e combativo patrióta italiano Antonio Di Pietro é Presidente do Senado da Itália.

Enfim, de toda essa experiência, se faz necessario colocar em pauta, via excelente reflexão DO próprio Presidente do Senado ITALIANO, à época, Juiz ANTONIO DI PIETRO: "NÓS DIAGNOSTICAMOS UMA DOENÇA (A CORRUPÇÃO NA ITÁLIA), MAS ELES DECIDIRAM QUE ÉRAMOS NÓS QUE PRECISÁVAMOS DE TRATAMENTO, E NÃO A DOENÇA".

“Qualquer semelhança com outros fatos reais é mera coincidência”

“Laercio Laurelli – Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ( art. 59 do RITJESP) – Professor de Direito Penal e Processo Penal – Jurista – articulista – Idealizador, diretor e apresentador do programa de T.V. “Direito e Justiça em Foco”.

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Delegado Federal Luiz Roberto Ungaretti de Godoy
Juiz Sérgio Fernando Moro
Direito e Justiça em Foco
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