Para quem não se recorda a celebração de “Corpus Christi”, se toma a liberdade de lembrar que faz parte da Eucaristia que é um dos sete sacramentos; esta homenagem que perdura na história faz sentido, face a idealização colocada por Jesus Cristo na ocasião de sua ùtima reunião com seus discípulos dizendo: "Este é o meu corpo... este é o meu sangue... fazei isto sempre em memória de mim". Segundo a palavra de Santo Agostinho (354/430), este momento sagrado, significa um memorial de imenso benefício para os fiéis, Católicos Apostólicos, Romanos, que de forma simbolica representa a verdadeira veneração através das formas fisicas do pão e do vinho.

A Eucaristia de Corpus Christi é celebrada sempre após sessenta dias, aproximadadmente, da Páscoa e sempre na quina-feira Santa. Com o passar do tempo surgiu a exaltação vivida através da procissão, que é exclusivamente católica, em Colonia, Alemanha por volta de 1.260, difundindo-se na França e finalmente na Itália onde o Vaticano a recepcionou e a reconheceu nos idos anos de 1.350.

O Código de Direito Canônico reserva uma norma específica no sentido de que se observe a regularidade dessa solenidade quanto ao corpo e sangue de Cristo por representar publicamente adoração e veneração à Santíssima Trindade, recomendando, consequentemente, a prevalência de ordenar-se como destaque à procissão pelas vias públicas. Nota-se, nesta exposição, que este é um movimento vibratório e de ritmo em obediência e respeito ao “Todo em Tudo”, ou seja, Jesus Cristo filho de Deus. Nesta expressão está certo o sentido imanente que habita, permanece, está inerente, toda virtude, vida, espírito e realidade da existência de que Deus existe. O catolicismo significa a evidência religiosa do Brasil.

Laercio Laurelli – Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (art. 59 do RITJESP) – Professor de Direito Penal e Processo Penal – Jurista – Articulista – Idealizador, diretor e apresentador do programa de T.V. “Direito e Justiça em Foco”.