O Papa na América Latina

Um Homem Enviado por Deus, cujo nome é Francisco

Geraldo Ferreira Lanfredi
Membro da Academia Caçapavense de Letras

Francisco, este pontífice carismático, simples e de fácil comunicação, imbuído do apelo evangélico do santo conhecido por saber dialogar com a natureza, de quem toma emprestado o nome, está a demonstrar que sabe reger a igreja com o discernimento que os novos tempos estão a exigir, no intuito de abrir bem as portas e janelas da igreja para o mundo e para unidade dos cristãos, a fim de que todos possam, um dia, sentar-se juntos, nesse mesmo templo, para louvar e bendizer o único Salvador nosso Jesus Cristo, sob a direção de um só Pastor.    

Foi com este propósito, certamente, que Francisco, ao presidir, no Rio de Janeiro, 2 anos atrás,  a Jornada Mundial da Juventude, com a presença de 3 milhões e 700 mil jovens, assim pregou : “Durante a Jornada, aprenderemos a dizer:  Fala, Senhor, que teu servo escuta! E ouviremos, cada vez mais, o Senhor a nos dizer: Sejam missionários. Ide e fazei discípulos entre as nações! E todos nós responderemos: Eis-nos aqui, Senhor, envia-nos!”. 

Dentro desse mesmo espírito, o Papa Francisco, em 5 de julho do corrente ano de 2015, iniciou uma histórica viagem à América Latina, quando visitou, inicialmente, o Equador e, em seguida, a Bolívia e o Paraguai.

Sob forte chuva, que encharcou os fiéis presentes, o pontífice celebrou, na capital, em Quito, a primeira missa campal de seu giro pelo Continente Americano, oportunidade em que, na presença do Presidente Rafael Correa e cerca de 900 mil pessoas, exaltou a importância da ajuda à família, não como forma de esmola, mas como uma verdadeira dívida social, incentivando, ainda, a união no Equador, afetado por protestos.

Em seguida, ao visitar a Bolívia, onde elogiou o Governo de Evo Morales, malgrado os seus atritos com a Igreja, Francisco afirmou que “a Bolívia está dando passos importantes para incluir amplos setores da vida econômica, social e política do país, sinalizando, com isso, um esforço de ambos os lados a fim de aparar divergências”.

Por último, pediu a preservação da “Mãe Terra”, ecoando sua Encíclica mais recente: Não se pode permitir que certos interesses – globais, mas não universais – submetam estados e organismos internacionais e continuem destruindo a criação.   

Aos indígenas, Francisco pediu perdão pelos crimes da Igreja durante a colonização da América.   

Por fim, no Paraguai, onde concluiu sua jornada pela América Latina, o Papa iniciou discurso em que deplorou ponto doloroso da história do Continente, quando o Paraguai, em guerra desenvolvida pela tríplice aliança do Brasil, Argentina e Uruguai, foi derrotado, mas, por outro lado, exaltou as mulheres paraguaias, que souberam levantar um país derrotado.

Nota: Gratos, à Folha de São Paulo, na pessoa de seus redatores, pelas informações sobre a viagem do Papa à América Latina, onde colhemos os presentes subsídios para este artigo.   


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